sexta-feira, 3 de junho de 2011

Em frente do Espelho






Geralmente são as mulheres que passam mais tempo na frente do espelho, mas hoje, em frente ao espelho, me arrumando para sair, brotou um pensamento.

Se os meus sentimentos reflectissem no espelho seria difícil me contemplar. A imagem de apenas um sentimento corrompido seria terrível, assustadora, deprimente.

Mas, em frente ao espelho hoje, pensei: - “Sinto-me ameaçado pelas potestades, as hostilidades vêm de todas as partes. Dentro de mim, fora de mim.”

E você, o que está passando na sua mente neste dia?

Posso imaginar alguns:

- “Espero que não notem que chorei. Preciso melhorar o sorriso.”

- “Eu me vejo em um beco sem saída.”

- “Sem perspectiva. O que quero fazer não consigo.”

- “Não tenho mais vontade de orar. Não sinto a presença de Deus há muito tempo.”

- “Quero dar o melhor aos meus filhos, mas só tenho a agressividade, a ausência de diálogo, o autoritarismo.”

- “Sinto-me só, não tenho apoio da Igreja, não tenho apoio dos colegas e nem dos amigos”

- “Não controlo meus pensamentos: imagens ruins, ideias ruins, sonhos ruins.”

- “O medo quer me possuir.”
- “Quero beber, embriagar-me, fugir da realidade.”

- “Tenho medo de errar, medo de ser rejeitado, medo de passar fome, de ser humilhado, de enfermidades, de meus filhos se desviarem, das filhas engravidarem. Medo de dívidas, medo da depressão.”

- “Quero fumar. Estranho... fazem anos que deixei.”

- “Não confio em ninguém, poupo a esposa de meus conflitos. Ela está depressiva, ela quer ir embora. A nossa prática sexual está quase falida. Não consigo satisfazê-la. Ela tem bloqueios, acha o sexo imundo. Acho que ela não sabe o que é orgasmo. Nem sabe o que é, e nem sentiu.”

- “Não sei dialogar, não sei externar amor.”

- “Tenho inveja de meu vizinho. Ele parece ser feliz, parece ganhar mais do que eu. Talvez fosse melhor não ter me convertido.”

- “Parece que ser crente não vale a pena.”

- “Sinto-me desmotivado. A igreja não cresce. Os convertidos não crescem.”

- “Sinto-me desprezado pelo vizinho, pelo prefeito, pelos comerciantes, pelo motorista de táxi, pelo engraxate.”

- “Sinto-me abandonado por Deus.”

- “Estou tentado à prática da masturbação, lembro-me que era escape emocional na minha mocidade.”

- “Acho que se esqueceram de mim, ninguém me entende.”

- “Tenho profunda tristeza. Estou só. Sinto-me incompreendido.”

- “Quero gritar. Quero chorar.”

- “Tenho saudade do tempo que vendia electrodoméstico. Saudade da carteira assinada.”

- “Tenho dormido mal, mal estar, maus pensamentos, sentimentos.”

- “Preciso de um ombro para chorar, ouvidos atentos para falar.”

- “Tenho medo de me tirarem daqui, de me cortarem o salário.”

- “Não sei o que fazer. Quero desistir. Quero morrer...”


- “Tenho que reagir.”

- “Vou escovar os dentes, fazer a barba... Tenho um dia todo pela frente.”


Somos todos tão cuidadosos com a aparência exterior, mas frequentemente descuidamos dos sentimentos que habitam nossos corações. Na verdade, deveria ser o inverso, ao menos quando cultivamos uma relação mais estreita com o Criador.


Nosso Pai Celestial não atenta para aparências exteriores. Contemplando a existência humana, Deus vê os nossos sentimentos.


Deus sabe o estado do meu coração hoje, agora, neste exacto momento.


Mas o melhor de tudo é saber que Ele está pronto para continuar lidando com a minha vida e com os meus sentimentos. Só Ele tem o bálsamo que pode curar tudo que não aparece na frente do espelho, mas que habita dentro de mim.


Então hoje eu sei que terei da parte de Deus misericórdia e compaixão, mas também sei que Ele não dará cobertura para os meus erros e descaminhos.
Que maravilhoso é servir esse Deus que me ama e me entende!



Então... Até logo mais espelho!



Deus te abençoe!




                                                         Texto de: Pr. Sérgio M. (Comunidade Univrsal)


quarta-feira, 1 de junho de 2011

A Árvore...

Esta é a história de um homem que contratou um carpinteiro para o ajudar a consertar algumas coisas na sua fazenda. O primeiro dia do carpinteiro foi bem difícil. O pneu do seu carro furou; a serra eléctrica avariou; ele cortou o dedo; e, ao final do dia, o seu carro não trabalhou. O homem que contratou o carpinteiro ofereceu-lhe uma boleia para casa. Durante o caminho, o carpinteiro não disse nada.

Quando chegaram à casa do carpinteiro, ele convidou o homem para entrar e conhecer a sua família. Quando os dois homens estavam se encaminhando para a porta da frente, o carpinteiro parou junto a uma pequena árvore e, gentilmente, tocou as pontas dos galhos com as duas mãos.

Depois de abrir a porta da sua casa, o carpinteiro transformou-se. Os traços tensos do seu rosto abriram-se num grande sorriso, ele abraçou os seus filhos e beijou a sua esposa. Um pouco mais tarde, o carpinteiro acompanhou a sua visita até ao carro.

Assim que eles passaram pela árvore, o homem perguntou: - Porque tocou na planta antes de entrar em casa? - Ah! Esta é a minha árvore dos problemas. Eu sei que não posso evitar ter problemas no meu trabalho, mas eles não devem chegar até aos meus filhos e nem à minha esposa. Então, todas as noites, deixo os meus problemas nesta árvore quando chego a casa e pego-os no dia seguinte. E você quer saber de uma coisa? Todas as manhãs, quando volto para buscar os meus problemas, eles não são nem a metade do que eu me lembro de ter deixado na noite anterior.

“Por mais que os problemas chamem a atenção, despreze os mesmos e concentre-se em alcançar os seus objectivos. Ter problemas é inevitável, ser derrotado por eles é opcional!”